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O Tempo não Para Viva Cazuza

  • Foto do escritor: Carolina Lima
    Carolina Lima
  • 5 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de jan. de 2021

Neste livro Lucinha nos revela as dificuldades que enfrentou quando a ONG Viva Cazuza, que tem por objetivo amparar crianças soro-positivas, foi fundada. Ela também conta toda ajuda que recebeu de fãs e amigos de Cazuza, amigos da família e até mesmo desconhecidos. PORQUE VALE A PENA LER ESTE LIVRO: É uma leitura altamente emocionante, em que pode-se sentir o expressar de dor dessa mãe que tão cedo perdeu seu único filho, um camarada que na alma possuía a mais doce e singela delicadeza que somente os artistas possuem. Vítima de uma morte tão prematura, Cazuza deixou esse legado de amor, que é onde sua mãe encontra forças para prosseguir. Este livro conta uma história muito bonita de amor e nos mostra que para fazermos do mundo um lugar melhor basta querer.


A mim me bastava, embora na época ainda não tivesse a dimensão exata do que se tratava, ficar na praia com Cazuza, brincar de fazer montinho ou buraco para encher com água do mar. É raro nos darmos conta de que esses detalhes e esses pequenos prazeres são a verdadeira felicidade. Tão pouco e tão bom...

Depois, Cazuza se tornou o que chamo de carioca legítimo. Despojado, bronzeado, descontraído, brincalhão, amoroso. Adorava sandálias de dedo, short, calça jeans. Convivia em harmonia com o luxo e o lixo. Tinha amigos pobres e amigos ricos. Frequentava botequins e restaurantes de luxo com a mesma propriedade. Era desinibido, mas morria de vergonha quando eu falava alto em local público. Teve vários parceiros sexuais, mas não admitia brincadeira comigo.

Esse era o meu filho!



[...] -Tia, você matou seu filho?

Fiquei apavorada com a pergunta e, sem pensar, respondi:

- Claro que não, que ideia é essa?

Ela não soube responder. Fiquei muito incomodada com a pergunta. Só mais tarde compreendi que todas as crianças da casa haviam sido contaminadas por suas mães. Na cabecinha de Ana Clara não havia outra forma de contaminação a não ser através da mãe. Então, se meu filho havia morrido, eu deveria ser a responsável.


 
 
 
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