top of page
Buscar

Quem é Você, Alasca?

  • Foto do escritor: Carolina Lima
    Carolina Lima
  • 8 de set. de 2015
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de jan. de 2021

Ainda na vibe Green, Quem é você, Alasca? foi um dos meus preferidos até agora. Me emocionei muito com o enredo, John Green é um dos meus escritores favoritos definitivamente, sua originalidade me impulsiona a conhecer mais do seu trabalho. Quem é você, Alasca? é uma história e tanto e não é nem um pouco fácil encontrar palavras que estejam à sua altura para descrevê-la.


PORQUE VALE A PENA LER ESTE LIVRO: Traz para o leitor a ideia de que amizades verdadeiras nem sempre são aquelas que se formam quando temos cinco anos de idade e vamos para a escola pela primeira vez. Amizades verdadeiras nada têm a ver com a quantidade de tempo em que somos amigos de alguém, mas sim com o comprometimento de cada um com com seus amigos, o que cada um faria por um amigo. Nunca é tarde para fazer um novo amigo, nunca é tarde para viver coisas engraçadas com amigos, nunca é tarde para descobrir que a felicidade se encontra em momentos que, na maioria das vezes, compartilhamos com amigos. Amizade na alegria e na tristeza.


"Certo", o Coronel disse. "Pois é. Eu estava cansado de vê-la aborrecida sem motivo. Ela ficava triste e falava sobre a porcaria do peso opressivo da tragédia ou qualquer coisa assim, mas nunca dizia o que estava errado, nunca dizia o motivo por que estava triste. Acho que a pessoa precisa de um motivo. Minha namorada me deu um fora, por isso estou triste. Fui pego fumando, por isso estou irritado. Minha cabeça está doendo, por isso estou mal-humorado. Ela nunca tinha motivo, Gordo. Eu já estava cansado de todo aquele drama. Então a deixei ir embora. Santo Deus."

Às vezes o mau humor dela também me irritava, mas não naquela noite. Naquela noite, eu a deixei ir embora porque ela mandou. Era simples assim, idiota assim.

A mão do Coronel era tão pequenina. Apertei-a com força, o frio dele passando para o meu corpo e o meu calor passando para o dele.

"Decorei os continentes populacionais", ele disse

"Uzbequistão."

"Vinte e quatro milhões, setecentos e cinquenta e cinco mil, quinhentos e dezenove."

"Camarões", ele disse, tarde de mais. Estava dormindo, a mão inerte na minha. Coloquei-a de baixo da colcha novamente e subi no beliche de cima. Teria de ser o homem do beliche de cima pelo menos naquela noite. Adormici ouvindo sua respiração, lenta e cadenciada, sua rebeldia finalmente se desfazendo diante do cansaço invencível.


 
 
 
Destaque

© 2016 por Entre Linhas e Rabiscos. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page