Sherlock Holmes
- Carolina Lima
- 26 de abr. de 2017
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de jan. de 2021
Inspirado no personagem Auguste Dupin, de Edgar Alan Poe, Sherlock Holmes fascina a todos com sua brilhante mente aguçada. Extremamente observador, Holmes não encontra dificuldades para solucionar seus casos.
Neste volume estão reunidos os contos: 'Um Estudo em Vermelho', 'O Sinal dos Quatro', e 'As Aventuras de Sherlock Holmes', que se divide em vários contos menores sobre o detetive consultor.
O livro é narrado por John Watson, grande amigo e parceiro de investigação de Sherlock.
PORQUE VALE A PENA LER ESTE LIVRO: Entender a mente de Holmes é uma dádiva, e após algumas páginas o leitor se vê brincando de detetive, passando a observar as coisas a sua volta com um novo olhar. O livro nos envolve ao ponto de não querermos mais largá-lo.
"Para mim, um ser humano civilizado do século XIX que não soubesse que a Terra girava em torno do sol era algo tão extraordinário que quase me recusava a acreditar.
- Você parece admirado - disse ele, sorrindo da minha expressão de surpresa. - Pois agora que já aprendi isso, farei o possível para esquecê-lo.
- Esquecê-lo?
- Procure entender - falou. - Para mim, o cérebro de um homem, originalmente, é um sótão vazio, que deve ser entulhado com os móveis que escolhermos. Um tolo o enche com todos os tipos de quinquilharia que vai encontrando pelo caminho, a ponto de os conhecimentos que lhe seriam úteis ficarem soterrados ou, na melhor das hipóteses, tão misturados às outras coisas que ficaria difícil selecioná-los. Já o trabalhador especializado é extremamente cauteloso em relação às coisas que coloca em seu cérebro-sótão. Depositará lá apenas as ferramentas que poderão ajudá-lo a realizar o seu trabalho, mas, destas, ele terá um vasto sortimento e todas arrumadas na mais perfeita ordem. É um engano pensar que esse pequeno recinto tem poderes elásticos, que podem ser distendidas indefinidamente. Dependendo disso, chega o momento em que, para cada novo acréscimo de conhecimento, esquecemos algo que já sabíamos antes. Portanto, é da maior importância evitar que dados inúteis ocupem o lugar dos úteis.
- Certo, mas o sistema solar! - protestei.
- Que importância tem isso para mim? - ele me interrompeu, impaciente. - Você disse que giramos em torno do sol. Se girássemos em torno da lua, isso não faria a mínima diferença para mim ou meu trabalho." - Um Estudo em Vermelho.
